Fontes luminosas e o IRC
Os primeiros modelos matemáticos para especificação numérica de cores surgiram em 1931, e, a partir deles, a Comissão Internacional de Iluminação, CIE (Commission International de I’Eclairage) criou o Índice de Reprodução de Cores (IRC) ou do inglês Color Rendering Index (CRI). A finalidade desse índice é classificar as fontes iluminantes de acordo com sua capacidade de reproduzir com fidelidade as cores quando comparadas com um iluminante padrão CIE.
É importante entender, entretanto, a diferença entre fonte e iluminante de acordo com a terminologia adoptada pela CIE. Fonte é uma luz que depende de uma fonte energética para gerar a iluminação, ou seja, uma fonte física. Iluminante, por sua vez, é uma luz definida por sua energia espectral, porém, pode originar de uma fonte física ou natural.
A luz de uma lâmpada em seu ambiente de trabalho ou casa, origina então de uma fonte iluminante, manipulável, que pode ter sua energia espectral medida com equipamento adequado. O CIE estabelece o padrão dessa energia espectral que cada modelo de iluminante deve ter para sua comercialização. Um iluminante natural porém, nem sempre pode ter sua energia espectral medida. O CRI ideal da fonte luminosa deve ser acima de 90%, medidos por um espectro radiômetro ou um Kelvinômetro.
Classificação dos iluminantes:
A | Incandescente |
C | Luz do dia Filtrada (sem UV) |
D50 | Luz do dia (9horas) |
D65 | Luz do dia (12 horas) |
D75 | Luz do dia (Linha do Equador) |
F2 | Fluorescente Cool White (Branca Fria) |
F7 | Fluorescente Broad Band White |
F11 | Fluorescente TL84 (Comercial) |
F12 | Fluorescente Ultralume 3000 |
Como os iluminantes afectam as cores?
A luz emitida pelas fontes luminosas, portanto, possuem cor, e influenciam directamente a cor do objecto de observação sob este. Podemos medir a curva espectral de iluminantes com o auxílio de um espectro radiômetro e descobrir qual a principal cor emitida pelo iluminante.
Muitas cores podem ter em comum um fenômeno de cores conhecido como metamerismo, quando vistos sob diferentes fontes de luz. Duas cores podem parecer idênticas sob uma fonte, mas parecer completamente diferente sob outra fonte. Esse pode ser potencialmente um grande problema se a cor do produto muda quando chega á prateleira. Por isso as cabines de luz de aprovação, geralmente possuem vários iluminantes diferentes, a fim de comparar amostra e padrão sob vários iluminantes, ajudando a evitar assim, o metamerismo.
Mas não é só a cor do iluminante que influencia a cor do objecto. A cor do ambiente, no nosso caso, da cabine, também deve ser a mais neutra possível. As superfícies devem ser foscas, pois o brilho do ambiente sob o objecto deve ser evitado, para um resultado mais neutro. A cor da roupa também pode ser reflectida sobre o objecto, e apesar de parecer perfeccionismo, também faz parte do ambiente. A cor padrão utilizada no mercado a fim de se atingir essa neutralidade é o cinza Munsell N8 Fosco. A iluminação pode ser directa, através do uso de difusores para evitar que o brilho sobre a amostra reflecte directamente nos olhos e atrapalhe a visão do observador, ou com os iluminantes posicionados à um angulo maior que 30º em relação ao objecto.
Tolerâncias para aprovação de cores
Tolerâncias de variação para aprovações de cores levam em consideração o facto de que até um certo limite de variação o olho humano é incapaz de perceber a diferença. Não há sentido, no entanto, em querer ou tentar a perfeição na aprovação, exigindo números exactos entre padrão e amostra.
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